Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville

Fachada do museu arqueologico de sambaqui de Joinville. Prédio retangular branco com um totem azul com o nome do museu escrito. Em volta do prédio grama verde. O céu está branco, nublado.

Localização: Joinville

Ano de Fundação do Museu: 1972

 

NESTE EPISÓDIO DO PODCAST MUSEUS DE SANTA CATARINA, visitamos o Museu Arqueológico de Sambaqui que fica em Joinville em um prédio moderno  localizado no centro da cidade. 

O museu apresenta um acervo que mostra uma coleção de artefatos que remete à comunidades anteriores ao processo de colonização do município de Joinville e região, e peças que pertenciam ao pesquisador Guilherme Augusto Tiburtius.

 

Nosso podcast é um guia de áudio para lugares históricos, interessantes e inspiradores de Santa Catarina. Em pouco mais de 10 minutos, te levamos a conhecer um museu incrível e, ao longo do caminho, histórias fascinantes.

 

Junte-se a nós para se aventurar nos museus do estado de Santa Catarina. 

 

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Fotos: Taiana Martins

Transcrição

[Vinheta]

Sejam bem-vindos e bem-vindas ao podcast Museus de Santa Catarina- sua visita guiada aos museus do estado. [Som transição] [Campainha]

No episódio de hoje, apresentaremos o Museu Arqueológico de Sambaqui que fica em Joinville. É um museu arqueológico e indígena que conta a pré-história dos povos que habitavam as terras catarinenses muitos anos antes da chegada dos colonizadores.  Vamos conhecer sua história e curiosidades sobre seu acervo. 

Joinville está localizada na região norte do Estado de Santa Catarina e é a maior cidade do Estado com mais de 500 mil habitantes. A cidade se destaca por seu patrimônio ambiental que em sua maioria está associado ao patrimônio arqueológico. 

A ocupação humana no território brasileiro é tema de diversas pesquisas arqueológicas e alguns pesquisadores defendem que data de mais de 40 mil anos. Porém, cientificamente, a referência cronológica estabelecida para o início da ocupação das terras brasileiras é de 12 mil anos.

Os sítios arqueológicos do tipo sambaqui ocorrem no Brasil em praticamente toda a costa litorânea, do Rio Grande do Sul até a Baía de Todos os Santos e datam de 6.500 antes do presente. Os sambaquis podem ser encontrados tanto em planícies quanto em encostas, em terrenos arenosos ou rochosos sempre próximos a bancos de moluscos, seja em ilhas, fundos de baías, canais, manguezais, mar grosso, restingas e sobre elevações.

Os sambaquis apresentam vestígios de uma complexidade social que inclui hierarquia (chefes), bem como elaborados rituais funerários e esculturas feitas em rochas, chamadas de zoólitos. Mais do que um lugar de descarte de comida os sambaquis se tratavam de construções arquitetônicas que pretendiam aumentar sua visibilidade e diminuir a umidade do assentamento. Por seu tamanho colossal (alguns medem até 30 metros).  podiam ser vistos de longas distâncias e se destacavam como marcos territoriais e identitários.

Até a década de 60, muitos sambaquis foram destruídos, pois suas conchas serviam de matéria prima para a produção de cal, bem como para a pavimentação de estradas.

O Museu Arqueológico de Sambaqui fica localizado no centro da cidade de Joinville. O prédio foi construído para abrigar o Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville em 1969 e entregue à comunidade em 1972, o museu contou com projeto arquitetônico de Sabino Barroso, que pertencia à equipe de Oscar Niemeyer. Já o projeto do jardim do museu, foi do arquiteto joinvilense Dagoberto Kochntop. O primeiro diretor do museu foi Afonso Imhof. Em 2022, o museu completa 50 anos.

O museu foi fundado a partir da coleção arqueológica de 12 mil peças do pesquisador e colecionador alemão  Guilherme Augusto Emílio Tiburtius encontradas no litoral norte de Santa Catarina e no sul do Paraná. Em 1910 ele estabeleceu residência na região de Anitópolis em Santa Catarina e dedicou 40 anos à escavação e publicação de artigos em que fez detalhada descrição dos sítios arqueológicos por ele estudados. 

Guilherme  Tiburtius  fixou moradia em Curitiba em 1920 e desenvolvia o ofício de marceneiro.  A madeira com que ele trabalhava vinha do entorno da cidade. 

Na década de 1940, a figura de Guilherme Tiburtius destacou-se no colecionismo, pela angariação e compra de peças para seu acervo próprio. Tiburtius formou uma valiosa coleção arqueológica integrada por artefatos líticos, cerâmicos, ósseos, zoomorfos e esqueletos.  

Em 1961, o presidente Jânio Quadros sancionou a lei nº 3924 todos os monumentos arqueológicos ou pré-históricos de qualquer natureza existentes no território nacional e todos os elementos que neles se encontram ficam sob a guarda e proteção do poder público.

Em 1963,Tiburtius tinha 61 anos, a prefeitura de Joinville comprou a coleção do pesquisador. À priori, as peças ficavam expostas no Museu Nacional de Colonização e Imigração de Joinville. 

Em 1969 é criado oficialmente o Museu Arqueológico Sambaqui de Joinville. Em 1972 o museu é entregue à comunidade.

Em 1973 o museu já deu início às suas atividade de educação patrimonial com o projeto A Escola no Museu, projeto esse que se desdobrou em vários outros e que sublinha as ações pedagógicas do museu de sua fundação até os dias de hoje. 

Tiburtius nasceu em 1892, Berlim-Alemanha  e faleceu em 1985, aos 93 anos em Curitiba-PR)

Em 1988, o patrimônio arqueológico integrou a pauta da Constituição Federal, e foi regulamentado no artigo 216. 

Atualmente foram registrados 42 sambaquis na região de Joinville e, embora seja patrimônio federal, esses sítios arqueológicos estão sob a responsabilidade do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville que, dentre outros objetivos, se dedica à pesquisa, à preservação do acervo e a sua exposição.

O museu conta hoje com mais de 100 mil peças. 

A exposição visitada foi a chamada ‘Coisas a Olhar’ e me acompanhou na visita a bióloga marinha e arqueóloga do museu Gianna. 

A primeira pergunta que Gianna me fez foi se eu sabia o que eram sambaquis. Eu disse, que sim, que não  mais ou menos, já tinha lido, mas não lembrava direito.. tipo restos de cerâmica é tipo o lixão pré-histórico??- eu respondi. Ela estava de máscara, hora que falei lixão ela arregalou os olhos e disse nããão. Não é bem isso. 

A palavra sambaqui, tem origem na língua tupi e quer dizer Montes de Conchas. Esses sambaquis, esses montes de conchas são construções feitas pelos sambaquianos, que eram grupos de indígenas aqui da região, e que viveram entre 5 mil e mil anos antes do tempo presente. 

Como não tinham registros escritos, a materialidade encontrada através dos sambaquis permite a análise e interpretação do estilo de vida desses povos. 

Os sambaqui, esses montes de concha, ocorrem do Rio Grande do Sul até a Bahia, sempre no litoral. Somente a cidade de Joinville tem 41 sambaquis, 41 montes de conchas que podem chegar até 30 metros de altura. Então, do que se trata esses montes de conchas?? Os restos alimentares eram depositados intencionalmente sempre nos mesmo lugar havia uma escolha da área em que esse material era depositado. Eles faziam esses montes sempre ao lado  d’água (mar, laguna, rio) de tal forma que sua base ficava encharcada e era estruturada com estacas e amarradas com a casca do cipó. Porém esse espaço dos restos de caça, também era utilizado para diversas atividades cotidianas como o preparo de alimentos, confecção de ferramenta. Além disso, eles usavam esse espaço, esse monte de conchas, para fazer o enterramento dos seus mortos. Ou seja era também seu cemitério. A maioria dos sambaquis e esses mais monumentais são mesmo grandes cemitérios. 

Só que esses cemitérios são diferentes dos que conhecemos pq os corpos não eram apenas depositados nos montes de conchas, eles eram preparados, enfeitados, pintados, esculturas de animais em pedras ficavam dispostos em volta desse corpo. Era feita uma grande festa em volta desse corpo e  depois que finda a festa, o corpo era recoberto com conchas e o espaço seguia sendo utilizado na vida social cotidiana. 

Importante ressaltar que os sambaquis são espaços protegidos por lei federal,  que assegura a preservação e proteção do patrimônio ambiental e arqueológico.

No início da visita, ao olhar para baixo um chão liso, ao olhar para cima um teto de alvenaria. À frente, uma enorme vitrine que apresenta 300 peças sobre quatro temáticas: povos indígenas, cerâmica, fauna e bioantropologia. 

A primeira vitrine de exposição apresenta o conceito de curadoria, como a escolha do que será contado e apresentado. Um crânio humano, pincel usado em escavação, goniômetro (régua para medir crânios humanos), uma régua antropométrica (para medição dos artefatos), lupa e pequenos ossos se apresentam para ilustrar que de todo o acervo do museu, aquelas peças foram selecionadas para melhor contar a história dos sambaquis e dos povos precedentes à colonização em Santa Catarina e, em especial, em Joinville. 

Ossos do crânio e da bacia masculino e feminino são colocados lado a lado para evidenciar suas diferenças, pedras usadas como amoladoras, quebra-coco e adornos também podem ser conferidas na vitrine. Pequenos ossos usados como anzol e agulha também se mostram como tecnologias sambaquianas. A vitrine intitulada fauna mostra crânios de onça, capivara macaco, fragmento de nadadeira de cetáceo e objetos feitos com a bula timpânica da baleia, além de ostras e berbigão que era a base da alimentação daqueles povos. 

As cerâmicas expostas contribuem para a narrativa sobre os povos indígenas do museu. A Tradição Itararé refere-se a sítios e coleções arqueológicas de grupos pré-coloniais produtores de cerâmica que viviam em várias regiões de Santa Catarina. São considerados povos ancestrais dos dos Gê de Santa Catarina (Xokleng e Kaingang). Podem ser vistos, cachimbos e até uma cuzcuzeira usada pelos povos indígenas, chamados pré-colombianos, ou seja, que aqui estavam antes da chegada de Cristovão Colombo.

Os povos de sambaquis não faziam cerâmica, no entanto, faziam zoólitos que são a forma de animais esculpidos em pedra. Lá no Museu você  pode ver uma baleinha, e outros dois animais. 

Conheci as pedras usadas e as técnicas utilizadas para cada situação: matar pássaro, pegar peixe. Aprendi sobre os virotes, que são pontas de flechas e lança com ponta arredondada e não afiada para não  matar pássaros por perfuração, e sim por esmagamento e permitir o uso de suas penas, ossos e carne. 

Uma vitrine no meio do salão intitulada Fibras Vegetais Encharcadas mostra como as peças vegetais se conservaram no tempo. De um modo geral, fibras vegetais se desfazem porque passam pelo processo de decomposição. Isso só não acontece em duas situações: se permanecerem encharcados ou se totalmente herméticos, ou seja, em um lugar fechado, sem ar, sem oxigênio, sem bactérias para decompor o material. A cestaria de palha deles se conservou encharcada na base do sambaqui e impressiona pelo grau de sofisticação dos nós e trançado. Também as estacas de madeira usadas na base da estrutura dos sambaquis.

Ver a foto de um sambaqui me permitiu ter a dimensão do tamanho que é..  A priori eu pensava em montes de conchas grande, mas nem tanto. Eu não tinha a menor noção da proporção. Quando vi a foto foi que entendi que são obras de engenharia e arquitetura complexas e muito ricas simbolicamente. São estruturas gigantescas, do tamanho de um prédio de 30 andares deitados em formato de chapada…Realmente é muito impressionante. 

No museu você pode ver a imagem de um sambaqui de Santa Catarina  chamado Cubatão, uma estrutura com oito metros de altura e cerca de 5.600 m² de extensão localizada na Estrada Cubatão Grande, na zona Norte da cidade de Joinville, às margens do rio Cubatão. Na foto, os arqueólogos e arqueólogas que desde 1999 trabalham para identificar nas camadas presentes, as informações sobre o povo sambaquiano que ocupou a região entre 3.000 e 2.500 anos antes do presente. O primeiro registro de estudo do local remete a década de 1960 com a exploração do sambaqui pelo historiador e professor da UFSC, Walter Piazza. Entre 1962 e 1964 Piazza, em suas pesquisas para o Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas, cadastrou 55 sambaquis. Faleceu em 2016, na cidade de Florianópolis.

No museu pode ser visto também um quadro com a foto de Afonso Imhof escavando a Ilha das Espinheiras II e Walter Piazza com o Afonso Imhof no Sambaqui Rio Comprido. Afonso Imhof em 1971, foi assistente de campo do professor Walter Piazza. Entre os estudos, estava o acervo que se transformaria no Museu Arqueológico de Sambaqui. Em outubro de 1972 o Museu é inaugurado e em 1973, Afonso Imhof assumiu a direção do Museu de Sambaqui. Imhof ocupou a direção do Museu de Sambaqui até 1988. 

Na análise das camadas os arqueólogos e arqueólogas conseguem identificar informações sobre: expectativa de vida, altura, idade, hábitos alimentares, a saúde através da detecção de algumas doenças. 

Como material lúdico e pedagógico, o museu tem uma réplica do busto da Luzia, que é o fóssil humano mais antigo encontrado na América do Sul, com cerca de 12.500 a 13.000 anos, encontrado em Minas Gerais em 1975. 

No museu, o visitante também pode desfrutar de um momento de experimentação arqueológica através do Kit arqueológico em que os visitantes podem limpar réplicas de ossos, manusear o ocre que era a tinta mineral usada para pinturas rituais. 

Gianna me contou sobre o complexo estuarino da região que se chama Baía da Babitonga e que abrange 5 municípios e é onde estão localizados mais de 200 sambaquis. Então é uma importante área de patrimônio ambiental/arqueológico, o lugar  onde mais ocorre sambaquis no mundo.

Na parte externa do museu tem banners ilustrando a questão da  evolução humana, da dispersão dos hominídeos pelos continentes até chegar nos sambaquis.  Podem ser vistas réplicas de crânios de diversos hominídeos  pelo mundo e o passeio na área externa termina com o sambaquizinho do museu que tem a réplica de um corpo em decúbito lateral (a famosa posição fetal). 

Uma Curiosidade:

O Museu sobrevive à enchente anual desde o seu primeiro ano de vida. Já em 1973 sofreu sua primeira inundação. O que acontece é que Joinville está apenas 4 metros acima do nivel mar então, quando a maré enche, enche o rio que corta a cidade e inunda tudo. 

Por este motivo, a exposição do museu fica em vitrines a pelo menos 60 cm do chão.

As peças que ficam no chão são pedras que podem ser molhadas. As demais peças que eventualmente são expostas no chão como esteira de palha são recolhidas quando os técnicos do museu entendem que a chuva não dará trégua. 

Atualmente, a Lei 9.605/98 prevê sanções criminais para os casos de destruição, deterioração, mutilação e alteração indevida do patrimônio arqueológico nacional

A lei dispõe sobre o direito de particulares realizarem escavações para fins arqueológicos, em terras de domínio público ou particular, sujeitando-o à permissão do órgão nacional de proteção ao patrimônio cultural (artigos 8º a 12).

O museu fica aberto de terça a domingo das 10h às 16h.

Caso queira visitar o museu é necessário realizar agendamento através do telefone: 47 34330114.

Entrada gratuita.

Foi um prazer te guiar até aqui!

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Novos episódios todos os sábados às 10h da manhã.

Roteiro e Produção: Taiana Martins 

Técnico de som: Gustavo Elias 

Apresentação: Taiana Martins

A primeira temporada do podcast Museus de Santa Catarina foi selecionado pelo Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura – Edição 2021, executado com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura.

Para saber mais, siga-nos nas redes sociais e no site do projeto: www.podcastmuseussc.com.br  

Até a próxima!

 

Referências Bibliográficas consultadas para a elaboração do roteiro:

ESTEVÃO, Luiz Fernando. As possibilidade de identificação  do público com a pré-história regional a partir da exposição de longa duração do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville/Santa Catarina. Dissertação apresentada ao Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da Universidade da Região de Joinville (Univille), Joinville, 2012.

GARCIA, JEFERSON BATISTA. Patrimônio Arqueológico: os artefatos zoomorfos e antropomorfos sambaquieiros do estado de Santa Catarina. Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Stricto Sensu em Patrimônio Cultural e Sociedade da Universidade da Região de Joinville (Univille). Joinville, 2018.

RIBEIRO, Cleuza Margareti Ribeiro. Patrimônio Ambiental : um diálogo com os sambaquis em Joinville. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE ao curso de Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade, Joinville, 2013.

RIBEIRO, Diego Lemos. A musealização da arqueologia: um estudo dos museus de arqueologia de Xingó e do Sambaqui de Joinville. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Arqueologia do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Arqueologia, São Paulo, 2012.

SCHRODER, Talita. Dos Sambaquis às mesas da gastronomia moderna: moluscos na alimentação de povos da Baía Babitonga. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade, Linha de Pesquisa Patrimônio, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, da Universidade da Região de Joinville (Univille), Joinville, 2020.

SILVA, Priscila Gonçalves Ferreira. A compra da coleção de Guilherme Tiburtius por Joinville: uma coleção arqueológica na cidade “germânica”. Dissertação apresentada ao Programa Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), Joinville, 2017.

SOUZA, Flávia Cristina Antunes. Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville: artifícios para a preservação do patrimônio in situ. ANAIS ANPUH – XXIII Simpósio Nacional de História  – Londrina, 2005.

Para citar esse podcast:

Podcast Museus de Santa Catarina – Sua visita guiada aos museus do estado. Taiana Martins. Florianópolis, 2022.